Já ouviu falar da ferramenta "Buy a Feature"?

Uma técnica criada por Luke Hohmann e apresentada em seu livro “Innovation Games: Creating Breakthrough Products Through Collaborative Play

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Você já ouviu falar da ferramenta “Buy a Feature”?

Traduzindo do inglês, “Buy a Feature” corresponde à “Compre uma Funcionalidade”. É uma técnica criada por Luke Hohmann e apresentada em seu livro “Innovation Games: Creating Breakthrough Products Through Collaborative Play” de 2006.

Luke Hohmann é o fundador e CEO da Conteneo (anteriormente conhecida como The Innovation Games® Company), empresa que projeta e produz jogos de Inovação.


Mas, afinal, do que se trata essa dinâmica do “Buy a Feature”?

É uma dinâmica que pode ser realizada individualmente ou em grupo. Nela, você apresenta para os participantes uma lista de funcionalidades em que cada uma tem um preço fictício ou um determinado peso que pode ser estimado de acordo com esforço, números abstratos que dão a ideia de proporcionalidade entre os requisitos da solução, entre outras formas de quantificação. É uma espécie de e-commerce onde os usuários são solicitados a escolher quais funcionalidades colocarão em seus carrinhos ou não.

Trata-se, então, de um framework de priorização utilizado para que possamos identificar as funcionalidades (features) atreladas a um serviço/produto que sejam mais valorizadas na percepção dos usuários.

Assim, tem-se um mecanismo utilizado para determinar as funcionalidades favoritas dos usuários, comparar comportamentos de consumo e razões de escolha, quais são aquelas que, com uma quantidade limitada de recursos, ele priorizará em “seu carrinho de compras”.


E por que se utilizar desta dinâmica?

Uma armadilha comum é pensar que os usuários têm prioridades de produto claramente definidas sendo que, quando apresentados a um conjunto de opções, muitos simplesmente dirão “Eu quero todas elas” e colocarão a responsabilidade de priorizar seus pedidos em você.

Não seria melhor ter essa responsabilidade compartilhada envolvendo o usuário de forma estratégica no processo de desenvolvimento? Ao envolver os potenciais usuários e lhes dar uma quantidade limitada de recursos, você dá a eles a oportunidade de priorizar o que de fato irá gerar valor em seu dia a dia.

Quando utilizar o Buy a Feature?

Recomenda-se utilizar a ferramenta após uma etapa de desk research, benchmarking e/ou entrevistas em profundidade pois, a partir do levantamento e da identificação das reais dores dos usuários de determinada proposta de solução, tem-se referências estratégicas que auxiliarão a definição de funcionalidades que correspondem às necessidades dos usuários.

Com a lista de possíveis funcionalidades definidas, parte-se para dinâmica do “Buy a Feature” em que serão coletadas as percepções e preferências dos usuários.

Ou seja, é muito utilizado quando precisamos definir em quais features iremos investir esforços ou vamos aprimorar antes de partir para uma etapa de desenvolvimento.

E como essa dinâmica é realizada?

Inicialmente, não coloque restrições quanto à quantidade de funcionalidades que poderão ser colocadas no carrinho, ou o valor limitado a ser gasto. Aqui se tem a oportunidade de captar a informação do que faz sentido para rotina do usuário e o porquê. Com isso, a vantagem de se fazer entrevistas em profundidade aplicando esta dinâmica é poder captar percepções e os porquês de forma a se obter de insights relevantes para a Pesquisa.

Vamos ao passo a passo:

1º Passo: Peça para que o usuário passe por uma feature de cada vez falando em voz alta o que entendeu. Caso tenha dúvidas, esclareça, e questione se ele “compraria” a feature em questão.

2º Passo: Caso o usuário opte por comprar determinada feature, questione o porquê das escolhas ou das não escolhas. Se adquirida, incluir a feature no carrinho de compra.

Talvez você esteja se perguntando: como assim “comprar uma feature”, “incluir no carrinho de compra”? Há plataformas que podem te ajudar a conduzir a dinâmica desta forma como se fosse um e-commerce mesmo. Por exemplo, o Weebly e o Wix possuem esse tipo de modelos dentro de suas modalidades gratuitas.

3º Passo: Solicitar à pessoa entrevistada que deixe no carrinho somente uma quantidade “X” de funcionalidades que reflita a verba limitada (fictícia) disponibilizada. Essa “limitação” é importante para que de fato o usuário priorize o que mais gera valor para ele. Não esqueça de sempre perguntar “por que retirou esta feature?”. Estes insights são preciosos!

4º passo: Restando no carrinho apenas as features mais relevantes, de acordo com a percepção do usuário, solicite para que as coloque em ordem de importância (do mais importante para o menos importante). E, novamente, questione “por que esta funcionalidade é mais importante para você?”

Estes são os 4 passos para condução da dinâmica “Buy a Feature” por meio de uma entrevista em profundidade.

Caso não se tenha tempo hábil ou recursos para realização dessas entrevistas, você pode utilizar ferramentas como o Mentimeter. Por meio dele, é possível estruturar uma dinâmica na qual vários usuários possam colocar, em ordem de importância, features previamente definidas. Dessa maneira, tem-se escalabilidade, e é possível levantar insights das features mais priorizadas pelo público-alvo em questão.


Quer apoio na condução de entrevistas em profundidade e aplicação desta dinâmica com usuários das funcionalidades e soluções levantadas por seu Time?

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