Acessibilidade Digital: Tornando seu produto inclusivo para todos

Você conhece o termo Acessibilidade Digital?

Por
Andressa Bastos
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Você conhece o termo Acessibilidade Digital? De início, pode parecer algo destinado somente a pessoas com alguma deficiência, mas projetar acessibilidade é pensar em todos. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), “a definição de acessibilidade é o processo de conseguir a igualdade de oportunidades em todas as esferas da sociedade”.

Historicamente, o termo acessibilidade surgiu na década de 40 para designar a condição de acesso das pessoas com deficiência. Na década de 80, a partir da constituição de 1988, que visa garantir os direitos sociais e individuais das pessoas no Brasil, inclusive os das pessoas com deficiência, surgiram leis específicas visando garantir acessibilidade e inclusão. Atualmente, existe a lei do estatuto da pessoa com deficiência, também conhecida como LBI (Lei Brasileira de Inclusão). Essa é uma das leis mais completas no quesito acessibilidade, a qual entrou em vigor em 2016.

Com isso em mente, pode-se dizer que Acessibilidade Digital é sinônimo de acesso a mecanismos que proporcionam a qualquer pessoa a possibilidade de perceber, compreender, navegar, interagir com a web e contribuir sem dificuldades, seja criando conteúdo, desenvolvendo sites, empreendendo etc.

O surgimento da Acessibilidade Digital

A evolução tecnológica trouxe aspectos positivos nesse quesito, com o aprimoramento de ferramentas e a propagação de pautas sobre o assunto, evidenciando a importância da inclusão digital e gerando o termo Acessibilidade Digital.

A Lei Brasileira de Inclusão (LBI) também exige que todos os sites estejam acessíveis. E o descumprimento da obrigação de tornar plataformas acessíveis pode levar as empresas a sanções como suspensão do site e pagamento de multas.

Segundo dados do IBGE de 2019, existem 17,3 milhões de pessoas com deficiência no Brasil. E 1 em cada 4 idosos possui algum tipo de deficiência. Além disso, segundo o site da Microsoft, durante algum momento da vida vamos nos deparar com vários tipos de deficiência que requerem acessibilidade ao usuário:

“Todo mundo tem habilidades e limites para essas habilidades. Projetar para pessoas com deficiências permanentes, na verdade, resulta em projetos que beneficiam as pessoas universalmente.” - Microsoft Design

Existem vários tipos de deficiências, entre elas: as permanentes, temporárias e as situacionais.

Permanentes:
  • Auditivo;
  • Cognitivo;
  • Neurológico;
  • Físico;
  • De fala;
  • Visual.
Situacionais e temporárias:
  • Um braço quebrado ou óculos perdidos;
  • Sob luz solar intensa ou em um ambiente onde não podem ouvir áudio;
  • Pessoas que usam uma conexão de Internet lenta ou com baixo sinal;
  • Pessoas que usam telefones celulares, relógios inteligentes e outros dispositivos com telas pequenas etc.

Fortalecimento de marca e plataformas referências em recursos de acessibilidade

Princípios de design aliados a ferramentas inclusivas podem tornar a experiência dos usuários da sua plataforma mais acessível, consequentemente novos clientes se sentirão acolhidos e atraídos por terem recursos que facilitem a interação e isso fortalece o posicionamento da sua marca.

Segundo o Global Consumer Pulse 2020 da Accenture Strategy, 83% dos brasileiros consomem marcas alinhadas aos seus valores pessoais, consumidores gostam de marcas transparentes e que se posicionem.

Alguns exemplos de marcas que encontraram soluções e são referência no mercado no quesito acessibilidade:

  1. O Youtube Kids funciona com recursos de acessibilidade para que crianças consigam interagir sem saber ler ou escrever e, desta forma, consigam pesquisar e se comunicar na plataforma sem dificuldade.
  2. Já o Youtube proporciona recursos para deficientes visuais e com baixa visão para conseguirem usar a plataforma.

  1. Os atributos de acessibilidade nos formatos de arquivo Acrobat Reader (Adobe) e PDF permitem que pessoas com deficiência usem PDFs, com ou sem leitores de tela, ampliadores e impressoras braille.

  1. Como exemplo de marca nacional, o site da Magazine Luiza está acessível na Língua Brasileira de Sinais, permitindo que seus clientes surdos naveguem e comprem sem dificuldade.

Boas práticas de acessibilidade web:

Listamos algumas iniciativas que podem tornar sites mais acessíveis:

  • Os áudios, vídeos, imagens, infográficos ou tabelas devem ser acompanhados da transcrição em texto;
  • Os conteúdos em vídeo devem ter audiodescrição, legenda e Libras (avatar digital ou intérprete humano);
  • Organizar a estrutura do conteúdo em header, sub-header e parágrafo permite que a informação seja consumida de forma mais assertiva pelas ferramentas de leitura;
  • Para projetar sites use a ferramenta Colorblindly, e verifique se os botões e mensagens de sucesso abrangem também pessoas com daltonismo;
  • Alto contraste: Pensar nas cores e averiguar se o contraste está adequado não apenas beneficia deficientes visuais, como também melhora o design para todos, podendo ajudar pessoas daltônicas ou com baixa visão;
  • Faça testes de compatibilidade que também envolvem profissionais com deficiência no processo de construção e validação do site. Assim, que garantimos que o site está realmente acessível;
  • Não exagerar nas animações. Elas podem distrair qualquer pessoa, especialmente as que possuem dificuldade de atenção.

Portanto, para a criação de plataformas acessíveis, a empatia e o entendimento das necessidades dos usuários são fundamentais. Por isso, o UX Research é tão importante para a investigação sistemática de usuários e seus requisitos, a fim de adicionar contexto e insights sobre o processo de projetar a experiência do usuário da melhor maneira possível.

Referências:

https://accessibe.com/

https://www.w3.org/WAI/fundamentals/accessibility-intro/

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm

https://benettoncomunicacao.com.br/pt/blog/acessibilidade-digital-o-que-e-1510/

https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/31445-pns-2019-pais-tem-17-3-milhoes-de-pessoas-com-algum-tipo-de-deficiencia

https://exame.com/marketing/brasileiros-marcas-valores-pessoais/

https://www.handtalk.me/br/blog/

https://www.camara.leg.br/noticias/892998-comissao-aprova-punicao-para-empresas-e-orgaos-publicos-que-nao-tenham-sites-acessiveis/#:~:text=%E2%80%9CO%20artigo%2063%20do%20Estatuto,de%20descumprimento%20de%20tal%20%C3%B4nus.

https://www.microsoft.com/design/inclusive/

Na Pieracciani, fornecemos serviços de consultoria e consolidação desses dados para os nossos clientes. Caso tenha alguma dúvida ou deseje contratar esses serviços, entre em contato com um de nossos especialistas!

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