As empresas são desafiadas a inovar constantemente. Precisam estar atentas aos concorrentes, startups, universidades e centros de pesquisa, porque as inovações devem ser cada vez mais rápidas e radicais.

Mas pouco se fala sobre o potencial de estimular a inovação dentro da própria empresa, isto é, intraempreender.

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O que é intraempreendedorismo?

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Intraempreender é agir como um empreendedor dentro de uma empresa estabelecida, utilizando seus recursos para criar novos negócios, novas frentes de atuação, produtos e serviços. Assim, ter uma atitude intraempreendedora significa pensar fora da caixa e não restringir-se apenas às atividades rotineiras do trabalho, gerando valor a algo novo.

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Alguns exemplos de intraempreendedorismo são:

• Criação do Ford Mustang, por Lee Iacocca
• Criação do Google Gmail, por Paul Buchheit
• Criação do Sony PlayStation, por Ken Kutaragi

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Por que empreender dentro da própria empresa? 

Apesar de o conceito ter sido criado há mais de 30 anos, as empresas começaram a adotá-lo de forma estruturada mais recentemente. Isso acontece porque criar um ambiente favorável ao intraempreendedorismo não é uma tarefa simples: requer maturidade da cultura de inovação, pois é preciso oferecer liberdade aos funcionários para que estes possam experimentar suas hipóteses e aceitar que a falha (com aprendizado) faz parte do processo.

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Ao estruturar um processo de intraempreendedorismo, a organização estará investindo em:

• aceleração da inovação;
• mitigação de ameaças tecnológicas e mercadológicas;
• uma cultura corporativa favorável à inovação;
• atração e retenção de talentos criativos e motivados a transformar processos, produtos e serviços.

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Quais são as características do intraempreendedor?

O conceito de intraempreendedorismo foi disseminado por meio do livro “Intrapreneuring – Por que você não precisa deixar a empresa para tornar-se um empreendedor”, de Gifford Pinchot III (1985).

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Pinchot identificou 14 características do intraempreendedor:

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1. Compromete-se com projetos que têm um forte significado pessoal;
2. Procura transmitir o grande significado do projeto, evitando que pareça apenas um desafio pessoal;
3. Aceita o desafio de transformar um conceito e uma ideia num negócio e numa realidade;
4. Cruza as fronteiras da organização e assume a responsabilidade por todos os aspectos do projeto;
5. Não pergunta se a ideia vai funcionar, mas sim como fazê-la funcionar;
6. Prefere símbolos de liberdade ao invés de símbolos de status (mais iniciador do que gestor);
7. É menos motivado pelo poder do que os executivos (mais motivado por realização);
8. Não aceita facilmente um “não” como resposta;
9. É “gerente geral autonomeado” de um projeto que ainda não existe;
10. Dedica-se obstinadamente à sua ideia com alto nível de exigência consigo e com os demais;
11. É impaciente, inquieto e tem uma certa relutância com a tradição;
12. Enfrenta o fracasso não como desastre, mas como uma experiência de aprendizado e um “atraso temporário no cronograma”;
13. Deseja liberdade e acesso aos recursos da empresa para financiar suas ideias;
14. Esforça-se para fazer com que os demais concordem com sua visão.

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Como começar a empreender dentro da empresa?

Você pode começar combinando os desafios do planejamento estratégico a uma “feira de ideias” ou hackathon na sua organização.

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Uma outra dica é estar preparado para a provocação: “não consigo tempo nem para fazer meu trabalho…” (mas não se abale!). Primeiramente, empreender não é para todos e intraempreender também não precisa ser. Mas também considere se a organização pode oferecer algo, como: algumas horas por semana, alguma instalação ou equipamento que possa ser disponibilizado, algum time que possa ser acionado para apoiar etc.

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Mas a dica de ouro é ter um Time capacitado. Isso fará a diferença na hora de acelerar o processo de inovação e aumentará significativamente a chance de sucesso desde o início.

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Um atalho para fortalecer e capilarizar a inovação nas organizações é o Innovation Yellow Belt, um programa completo de capacitação em um ambiente de aprendizagem orientado à prática.

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